terça-feira, 29 de julho de 2014

Punheta II


Pego o macho por trás, emboco, enfio a cara no meio da bunda, lambo, sinto o cu excitado, sinto que ele pede a língua, aplico-a, dura e silenciosa, penetrante, experimentada e saliente, excitante enfim, abro a coxas desse garanhão, seguro seu caralho, duro, honesto, pulsante e potente, punheto-o, lentamente, exponho a glande, arregaço, repuxo, forço, sinto a excitação, acelero, grande mestra punheteira que sou, combino as sensações, enfio a língua a arregaço esse pinto gostoso, percorro toda a extensão, repuxo novamente, forço, toco, aperto e meto a língua, agora impiedosa, dentro, bem dentro desse cu que se abre apara meu prazer, sinto então os tremores no pau, sinto então os indícios da porra, da ejaculada premente, da gozada infernal que se aproxima, ouço a respiração ofegante desse macho dominado, ao meu gosto, começa a gemer. 
Pronuncia o impronunciável, balbucia palavrões, me xinga de puta, de cadela ordinária e pede mais e mais, rende-se aos meus sortilégios, aos meus feitiços de fetiches de amor e sexo, ofega muito, bufa agora, cavalo domado, submisso, sente que está rendido, que a esporrada se aproxima, acelero, espremo, aperto, ele vem, ejaculada imortal, jorra, transborda, esparrama e corre pelas coxas, no chão, porra densa e gostosa, tirada por mão de mestra dessa pica ordenhada como uma teta de uma vaca parida, esporra enquanto eu sinto os espasmos do pau na mão e as mordidas do cu na língua.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Punheta I

O amor a si mesmo substituído pela masturbação mútua, o sexo auto aplicado, um ato inigualável, um estigma burguês sempre superado, todos os dias, uma prática criativa e prazerosa, incito e estimulo todos a punhetar, nas mãos, nos pés, o gozo praticado isolado ou mútuo, os orgasmos que se produzem quando pensamos em nós, os frêmitos que se dão na espinha, os tremores, o lançar a frente da buceta ou do caralho, ato quase involuntário, a procura da metida do pau na buceta inexistente ou da doação da buceta ao pau duro projetado, quando se sente a proximidade da ejaculada, quando se sente pulsar a buceta, quando o cu se contrai, quando o pinto foge ao controle e sai do corpo em vida própria, quando finalmente a vista escurece, os olhos semicerram e as imagens surgem e desaparecem em profusão de desejos, salta-se de uns para outros, fode-se com todos indiscriminadamente, se sente o sexo em sua totalidade, dona de si, senhor do próprio pinto, autoridade sobre a própria buceta, jorram fluídos enquanto acaricia-se o sexo, o corpo e, mais que isso, acalenta-se com prazer e fervor as diabólicas ideias de pecado, transgressão e perversão, gozo pensando na indecência, rio dos pecados, clamo à Natureza, me proclamo sua filha, aceito sua crença, animalizo-me gozando como uma cadela na porta de um puteiro.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Banhos V


Banho, momento do corpo nu, hora de se encantar com si mesma, a ocasião da masturbada insana, original, secreta, o vício, a exploração integral do próprio corpo, a visita ao que se esconde na própria mente, as surpresas com o próprio espírito, a imaginação que aflora, que corre solta quando se sente os dedos na buceta, os estímulos no cu, quando se rebola o quadril, quando se faz o mete-mete esquizofrênico, doido, impune e sem pecado, autoritário sobre si mesma, sentindo-se a puta que se deseja, pensando no caralho que penetra insolente, pedagógico, ávido por ensinar o cu a se dilatar, a buceta a pulsar, a boca a chupar, todos os rituais e exibições de um sexo imaginário, no qual os limites físicos não existem, e os limites morais permanecem no espaço burguês, superado, da decência e da dignidade desnecessárias neste ambiente frio e ascético de um banheiro de hotel, vadio, adequado a minhas memórias, pronto para meus prazeres futuros, ideal para o presente, esse instante ínfimo no qual minha buceta se mela, jorra, escorre o fluído que dos meus dedos vão direto para a minha boca de loba solitária, de masturbadora impenitente e tresloucada, licantropa que geme e uiva deitada no chão frio, coberto apenas por uma toalha fina, aquecida pelas minhas vontades de prazer solitário, de minhas dualidades mentais, de estar sempre aqui, estando também ali, imaginando-me, a um só tempo, comedora e comida, fodedora e fodida.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Banhos IV


O banho necessário, inesperado, em lugar desconhecido, o gozo de sempre, prioritário, banheiro coletivo, eu sei que me olham, eu sei que me espreitam, eu gosto assim, exibida, maníaca por mim. Ninfa despudorada, quero que me vejam, quero caralhos duros por mim, quero enrustidos a punhetar, sabendo que eu sei que eles me vêm, eu sabendo que estavam, todos, mesmo religiosos, juntos punhetando por mim, esporrando, ejaculando, talvez medindo seus paus, comparando-os, olhando uns aos outros, quem sabe desejosos de si mesmos, quem sabe desejosos do pau de outro, quantos queriam, de fato, me comer, me fazer de fêmea, numa cultura diferente, na qual os viados e as sapatas são punidos, na qual o desejo por mulheres como eu tem de ser reprimido, e o desejo meu por homens como eles tem de ser escondido, isso me excitou demais, a imaginação correu, o medo de me masturbar e ser surpreendida não durou, ao contato de minhas mãos, não necessariamente na buceta, excitei-me, alisando as coxas num banho frio, enxugando-as com toalhas de linho num banheiro simples, coletivo, porém excitante, cheio de frestas, de lugares suspeitos, de dúvidas e incertezas, a única certeza de estar sendo olhada, de estar provocando a quebra da religiosidade desses machos, alguns lindos, que conheci nesse oriente atraente, nessa terra de proibições, crenças e submissões, tanto quanto de secretas permissividades, excitações e prazeres, excitei-me ao contato, à flor da pele, finalizei classicamente, manipulando vigorosamente a buceta e ouvindo exclamações surda, baixas, reprimidas, que eu não entendia o léxico, mas entendia totalmente o sentido desses sussurros, desses gemidos abafados que levaram minha alma ao orgasmo como uma puta do serralho.